Na aula PROJETO do dia 17 de outubro, os grupos foram divididos em quatro salas, cada uma com integrantes de todos os temas – Educação & Meritocracia; Matrizes Energéticas; Legalização do Aborto e Megaeventos – compartilhando o mesmo espaço e os pontos de vista dos professores e colegas.
Nesse momento preparatório para o fórum (que será no Sábado Cultural, 21/10), os alunos trabalham intensivamente em seus argumentos para o grande debate. Os estudantes apresentaram suas declarações iniciais e a introdução de cada tema, as quais receberam feedback dos professores para melhora. Além disso, eles formularam argumentos e perguntas para outros grupos. Com base nisso, os alunos procuraram se defender usando contra argumentos e fontes confiáveis. Esta é a etapa final de preparo para o debate, quando cada grupo está formalizando os argumentos com fontes e levantando possíveis perguntas para fazer para os delegados que representam outros posicionamentos. Os alunos ainda terão 02 aulas de PROJETO esta semana para formalizar e padronizar o formato de modo que o debate seja o mais produtivo e rico em conteúdo possível Por: Eduardo Martins Tiba Machado
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NAS FAVELAS, NO SENADO, SUJEIRA PRA TODO LADO*Ao descer do avião, a primeira coisa que se nota é a diferença de umidade em relação a São Paulo. Em meio ao ar seco, o cerrado exibia literalmente 50 tons de marrom nesse começo de setembro. A primeira impressão em meio à Praça dos Três Poderes é de vastidão e, considerando as distâncias a serem percorridas a pé, de um certo cansaço.
Nesse dia, conhecemos a catedral de Brasília e os clássicos museus. Desde pequenos, aprendemos que Brasília foi planejada, um projeto utópico. E foi possível notar essa organização já de dentro do ônibus. Algo peculiar na cidade é que, para se chegar a qualquer lugar, é necessário percorrer grandes distâncias devido à falta de cruzamentos e de retornos. Fora isso, Brasília parece proporcionar uma qualidade de vida diferente do resto do Brasil. Na capital federal, integrantes das 04 equipes de Projeto e estudantes da equipe de imprensa – em visita a Ministérios, ao STF e à Rádio TV Justiça, por exemplo – não poderiam ter estado mais próximos do palco da política brasileira. Na manhã de quarta-feira, o coordenador Sergio Alencar e as equipes de “Megaeventos” e de “Educação e Meritocracia” estiveram no estádio de Brasília. Enquanto isso, a equipe de imprensa, acompanhada da coordenadora Lia Armelin, visitou a Rádio TV Justiça. Estudantes do grupo de “Legalização do Aborto” estiveram na ONG “Brasil sem aborto” e estudantes de “Matrizes Energéticas”, no Ministério do Meio Ambiente. A tarde de quarta-feira foi reservada para o acompanhamento de uma sessão no STF. Ainda nesse mesmo dia, a equipe de “Educação e Meritocracia” conseguiu uma entrevista exclusiva com a Secretária da Comissão de Educação e, posteriormente, participou de uma longa conversa com o deputado federal Aliel Machado Bark (REDE – PR). Na quinta-feira, dia 31, foi a vez de “Megaeventos” conhecer o Ministério do Esporte e de “Matrizes Energéticas” conhecer o Ministério de Minas e Energia. Enquanto isso, a equipe de “Educação e Meritocracia” participou de uma Comissão Permanente vinculada à Comissão de Educação. Essa comissão ocorre regularmente e discute temas afins. A equipe de “Educação e Meritocracia” foi a uma sessão em particular dessa comissão, que discutiu especificamente as questões do Novo Ensino Médio e do ensino profissionalizante. O Museu da Imprensa foi visitado no final da tarde de quinta-feira, dia 31, seguido de uma visita ao Itamaraty. Na sexta-feira, o dia foi dedicado a conhecer Ceilândia (ONG Atitude, Mercado Central e Casa do Cantador). Ao final da viagem, no anfiteatro da Casa do Cantador, aprofundamos alguns questionamentos sobre a cidade de Brasília: “Por que ela foi construída? Ela cumpriu o seu objetivo? ”. A ida à Brasília teve como objetivo investigar de perto as Estruturas de Poder, assunto do fórum See-Saw/Panamby, que será realizado pelos estudantes do Ensino Médio no Sábado Cultural deste ano. Ao longo desses quatro dias, em conversas com políticos, funcionários públicos e jornalistas, o Ensino Médio da See-Saw/Panamby garantiu um salto de qualidade para os debates do fórum e, principalmente, para seu desenvolvimento acadêmico. (*versos iniciais da canção “Que País é Esse?”, composta por Renato Russo e lançada no álbum homônimo, de 1987, da banda de rock “Legião Urbana”). Na terça-feira, 27 de junho, a See-Saw Panamby recebeu a visita da psicóloga esportiva Carla Di Pierro, formada na PUC-SP e com especialização em psicologia esportiva, feita por dois anos fora do Brasil. Carla escolheu essa área pelo fato de sempre praticar esportes, porém, ela conta que não tinha perfil para ser atleta. Logo, por amar o esporte e ter um grande interesse em relações pessoais, escolheu a psicologia e o público esportista. Ela diz que ser psicóloga é uma profissão difícil, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante, pois é necessário analisar a vida do paciente, ajudá-lo a enxergar a vida por outros ângulos e dar-lhe recursos para superar os desafios. Ao ver um atleta evoluir, ganhar autonomia e desempenho no esporte, vem a satisfação: “você vive junto com o atleta, vai nas competições com ele, é um trabalho em conjunto e de confiança”. A psicóloga Carla Di Pierro acompanhou os atletas nas Olimpíadas do Rio 2016 e diz que a sensação ao entrar na Vila Olímpica é inexplicável. Há grandes atletas por todo o lugar, um espaço muito bem organizado e bonito. “É uma selva de pessoas jovens, interessantes, esforçadas”, diz Carla. No dia 11 de maio, recebemos o zagueiro Lúcio, pentacampeão na Copa do Mundo de 2002, jogador em 2006 e capitão do Brasil em 2010, na África do Sul. O zagueiro veio à nossa escola para um bate-papo como parte do estudo do grupo Megaeventos. Quando perguntado sobre a emoção de atuar na final da Copa dos Campões da UEFA, Lúcio confessou que a expectativa de jogar grandes eventos como esse é o que alimenta o sonho e o profissionalismo do atleta. “Disciplina, dedicação e empenho é o que faz você se destacar em qualquer área da sua vida.” Ao falar do futebol brasileiro, não deixa dúvidas de que temos “muito mais qualidade que qualquer outro time do mundo”. O problema é fora de campo, onde o Brasil peca em organização e empenho. Para Lucio, a Europa é indiscutivelmente o “centro mundial do futebol”, justamente pelo gerenciamento e profissionalismo. José Mourinho é “o melhor técnico”, por trabalhar o psicológico dentro e fora de campo, além de ser um estrategista excepcional. E, adivinhem, Messi é “o mais difícil de marcar”, pois toma decisões na hora e simplesmente não é possível estudá-lo. O tempo todo, Lucio pontuou que nada disso teria sido possível sem um gerenciamento da fama, do dinheiro e do assédio presentes na vida de atletas de ponta como ele. Sem apoio da família, procurador, agente, é muito fácil para um atleta “se perder”. |
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